20080513

Que sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra

/|||\ Pela primeira vez, Carlos Heitor Cony cita alguém que conheço*. O escritor abriu sua coluna deste domingo na Folha descrevendo Simon Reynolds como “crítico inglês de música pop, escrevendo para jornais não necessariamente ligados à temática que escolheu, autor de Bring The Noise”. Em algum desses jornais não necessariamente ligados à temática que escolheu, Reynolds reclamou que “há opiniões demais sobre música”, proporcionando o gancho que Cony utilizou para abordar “a pobreza da abundância” – e chega de aspas. Duvido que o colunista tenha lido o livro mencionado. Se leu, dá licença que eu preciso passar ali rapidinho antes de pedir para sair.
* Mentira meramente estilística

/|||\ Imperdível a história publicada no caderno Cultura do Diário Catarinense do último sábado, na qual o escritor Raul Caldas Filho lembra a visita de João Gilberto a Florianópolis em 1961. Vaia de bêbado não valia já naquela época.

/|||\ Nada como uma efeméride para transformar o passado em dinheiro. Por conta dos 40 anos do movimento que levou a juventude a protestar contra todas as instituições, a Conrad imprimiu e está vendendo Paris: Maio de 1968. Em 2003, o mesmo livro existia somente em versão online, oferecida gratuitamente no site da editora. Hoje, a pretensa transgressão sobrevive na internet – por sete dias ou 100 downloads, o que vier primeiro.

/|||\ Santa Catarina na edição corrente da revista inglesa Monocle. Como o conteúdo integral está disponível só em papel, assessorias de comunicação do governo estadual que desejarem incluir a reportagem internacional no clipping deverão procurar nas bancas. Ganha um CD com as conversas grampeadas pela Operação Moeda Verde quem encontrar um exemplar em Floripa.

/|||\ Para desgosto dos amantes do futebol-arte – definido por Eduardo Bueno como “coisa de viado” –, o time de Deborah Secco começou ganhando. Contra o mesmo adversário, com o mesmo placar e com gol na mesma trave onde, em 1981, a equipe da imortal jaqueta tricolor levantou sua primeira taça na competição. Pintou o campeão.

Um comentário:

Ulysses Dutra disse...

Daí Tomatêra

Muito boa essa da Monocle.

Um abraço festivo